terça-feira, 21 de julho de 2009

XIX Ciclo de Debates em História Antiga



XIX Ciclo de Debates em História Antiga:
Encontros & Enfrentamentos

O Laboratório de História Antiga (LHIA) da UFRJ realizará, entre os dias 31 de Agosto e 04 de Setembro de 2009, o XIX Ciclo de Debates, cuja temática é Encontros & Enfrentamentos.
Na ocasião,estarei apresentando pesquisa científica sobre Judas Iscariotes e o tráfego tradicional de seu caráter e papel na história e literatura do cristianismo primitivo. Uma descrição e análise do retrato de Judas Iscariotes conforme apresentado na tradição cristã primitiva,nos primeiros dois séculos da história da Igreja cristã,e sua ressignificação pelo recentemente descoberto Evangelho de Judas.
Prof.Izidro

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jesus Histórico e Jesus Real:O Problema da Objetividade na Pesquisa Histórica Sobre Jesus


No último dia 17 de Junho de 2009,apresentei Pesquisa sobre "O Problema da Objetividade na Pesquisa Histórica Sobre Jesus",por ocasião do II Colóquio de Pesquisa Histórica,nas dependências da Universidade Federal do Goiás (UFG).Segue uma sinopse introdutória do conteúdo da Comunicação Científica:


Com o advento da Nova História e a virada epistemológica relacionada à mesma,se tomou maior ciência da subjetividade do trabalho historiográfico e da impotência do historiador em narrar o acontecimento passado exatamente como tinha se dado. Reconheceu-se que a História/Historiografia não equivale ao passado,mas está em seu lugar, sendo apenas um constructo hodierno,sob viés, do que poderia ter acontecido. Essa realidade epistemológica, contudo, carece de ênfases no que diz respeito a pesquisa histórica sobre Jesus de Nazaré. A tal “virada epistemológica” que convenceu os historiadores da subjetividade e discursividade de seu trabalho também precisa ser afirmada no campo histórico daqueles que tentam reconstruir a pessoa histórica de Jesus. Esse estudo pretende demonstrar como o referencial teórico-metodológico da Nova História,especificamente no que tange a admissão do processo subjetivo do fazer história,se aplica na busca histórica por Jesus.

Prof.Izidro
Historiador do PaleoCristianismo

Cultura Material e História:O Cruzamento de Fontes Documentais Escritas e Materiais



Por ocasião da I Jornada de Arqueologia do Cerrado e Suas Interfaces com a Arqueologia Brasileira,na Universidade Católica de Goiás,Goiânia, Campus I,de 12 a 15 de Maio de 2009,apresentei Comunicação Científica sobre A relação entre as fontes documentais escritas da História e as fontes materiais da Arqueologia. A seguir uma sinopse introdutória do conteúdo e escopo da referida Pesquisa:

Não obstante a relação entre cultura material e história e suas fontes textuais seja antiga e óbvia,a potencialidade e contribuição mútua de ambas na compreensão não apenas material,mas também simbólica das antigas sociedades é um fenômeno epistemológico de certa forma recente,relacionado também com o advento da “Nova História”,a qual apregoa,dentre outras coisas,que História não se faz apenas com documentos escritos. O cruzamento de fontes arqueológicas e históricas,contudo,não se dá sem complexidade em relação à natureza destas fontes e a subjetividade da interpretação das mesmas,especialmente das últimas. Por conseguinte, problemas relacionados com uma possível hierarquia de fiabilidade e/ou objetividade destas fontes também estão em pauta.

Este estudo pretende discutir sobre as fontes materiais e documentos escritos,cultura material e história,respectivamente,no que diz respeito à importância desse cruzamento e aos problemas relacionados com a metodologia do uso das mesmas no fazer História e Arqueologia hoje a partir de estudiosos como Pedro Paulo Funari.Em outros termos, apontar a importância,validade e contribuição,cada vez mais nítida,do cruzamento da cultura material com documentos históricos escritos para o fazer história e arqueologia,bem como os problemas que envolvem essa operação.


Prof.Izidro
Historiador do PaleoCristianismo

sexta-feira, 5 de junho de 2009

EDUCAÇÃO CRISTÃ SEM FRONTEIRAS:Uma Análise Exegética de Tiago 1.1 em tom pastoral


“ Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações.” Tg.1.1 (ARA)

)Ia/kwboj qeou\ kai\ kuri/ou )Ihsou\ Xristou\ dou\loj tai\\j dw/deka fulai\j tai\j e)n t$\ diaspor#\ xai/rein.(NA27)
INTRODUÇÃO
Não obstante os avanços tecnológicos da modernidade no que tange à doutrinação e/ou educação bíblica,o analfabetismo bíblico ainda é um dos grandes problemas da Igreja dos nossos dias. Se,por um lado,há igrejas que ensinam a Escritura, estas o fazem sem o correto manejo da “palavra da verdade” (cf.II Tm.2.15),por outro lado,há aquelas que mal ensinam ou enfatizam a imprescindibilidade do livro sagrado para a formação do cristão.
No livro de Tiago nós encontramos um significativo incentivo à Educação Cristã da Igreja. O livro é uma verdadeira coletânea de exortações éticas e práticas sobre o comportamento cristão. Há 54 mandamentos em Tiago.
Trata-se de uma instrução cristã que o autor quer comunicar aos seus leitores não obstante quaisquer obstáculos, geográficos,conceituais ou ideológicos.
O livro de Tiago é, sem dúvida, uma coleção de sermões proferidos na congregação pelo autor e depois coligidos em forma de “correspondência” para a edificação de outras comunidades cristãs.
Mas para entendermos melhor esse livro, esse manual de Educação Cristã prática e simples, é preciso que nos debrucemos sobre o que diz o v.1, pois aqui há algumas questões introdutórias importantes que precisamos fazer sobre o livro de Tiago.
A.DIMENSÃO EXEGÉTICA:
ESTABELECENDO O TEXTO
1.1.Delimitação da Perícope
A. Quanto ao Início
Não há dúvidas quanto ao início da perícope neste caso, pois se trata do início do livro em si mesmo e não há variantes textuais de suplementação nesse ponto inicial.
B. Quanto ao final
Não pode haver dúvidas quanto ao final desta perícope nas últimas palavras do v.1, pois a seguir temos, nos vv.2ss, o início óbvio do desenvolvimento do livro, após a introdução caracteristicamente epistolar.
No v.2,os recipientes do discurso que se inicia são invocados como “meus irmãos”, e uma clara mudança de forma e de assunto, em relação ao v.1, é entabulada então.
Portanto, não obstante o aparente trocadilho entre as palavras xai/rein (khaírein [“saudações”; “alegrar”: “alegrem-se”]), no v.1, e xara/n, (khará [“alegria”]), no v.2, estes dois versículos não fazem parte de um mesmo parágrafo. Antes o v.1 compreende (como veremos na análise formal do texto) uma introdução epistolar típica, e o v.2 o início do primeiro discurso exortativo do livro de Tiago.
1.2.Crítica Textual
Nenhuma variante textual consta deste versículo (1.1) na história textual do Livro de Tiago.1
Portanto, a leitura proposta pelo texto grego do NTG, exposta acima, é seguramente a versão original do primeiro versículo do Livro de Tiago (1.1).
1.3.Tradução Literal
“Tiago de Deus e de Senhor Jesus Cristo escravo às doze tribos às na dispersão saudações”
ANALISANDO O TEXTO EXEGETICAMENTE
A.Crítica da Forma Literária
O texto do v.1 pode ser divido, quanto a sua forma, em três seções distintas, de caráter tipicamente epistolar:
1. Remetente: “Tiago de Deus e de Senhor Jesus Cristo escravo”
2. Destinatários: “às doze tribos às na dispersão”
3. Saudação: “Saudações”
Esta forma literária iniciando um texto é tipicamente de caráter epistolar; portanto, trata-se de um Pré-escrito de abertura de epístolas, de modo que este texto pertence ao gênero epistolar clássico da Antiguidade. Eram assim que começavam as cartas antigas no período greco-romano do I século d.C.
E também é assim que começam as cartas paulinas no NT (cf.Rm.1.1-7;ICo.1.1-3;Gl.1.1-5).
No geral, a intenção dessa forma literária condiz com a intenção típica de todo pré-escrito epistolar, isto é, descrever o autor e os destinatários do documento, bem como introduzir a carta com uma breve saudação.
Vale ressaltar também que o estilo de Pré-escrito epistolar aqui adotado é do tipo grego, assim como nas únicas cartas mencionadas no NT (cf.At.15.23;23.26). Isto, de início, já ressalta a linguagem helenística e “ecumênica” do escrito, pois geralmente o modelo de Pré-escrito mais usado pela igreja primitiva era o Oriental, e não o grego.2
O remetente está declinado no caso Nominativo ( )Ia/kwboj), e é acrescido, como nas cartas de Paulo (cf.Gl.1.1;Rm.1.1), por uma construção qualificativa (qeou\ kai\ kuri/ou )Ihsou\ Xristou\ dou\loj). Um expediente comum na expansão de remetentes em correspondências cristãs primitivas.
O destinatário está em dativo com uma especificação de sua localização geográfica (tai\j dw/deka fulai\j tai\j e)n t$\ diaspor#\).
E a saudação é impessoal (xai/rein), como é comum no pré-escrito grego ocidental.
As ampliações no Remetente e nos Destinatários, sem dúvida, querem destacar as credenciais espirituais do Autor, bem como a identidade e localização dos destinatários.
B.Análise Lingüística
A. Vocabulário
)Ia/kwboj = forma helenizada de )Iakw/b (Jacó); Tiago.
Qeou\ = qeo/j = deus;Deus
Kai/ = E;Também
Kuri/ou = ku/rioj = Senhor;senhor;dono;mestre
)Ihsou\ = )Ihsou\j = Jesus; forma grega do nome hebreu Josué ou o posterior Jeshua.
Xristou\ = Xristo/j = Como título: Ungido, Messias,Cristo; como nome próprio: Cristo.
Dou\loj = Escravo;ministro;servo.
Dw/deka = doze
Fulai\j = fulh/ = tribo;nação,povo
Diaspor#\ = diaspora/ = dispersão;diáspora dos judeus Jo.7.35; de cristãos Tg.1.1;IPe.1.1
Xai/rein = xai/rw = regozijar-se;alegrar-se;estar contente; como uma fórmula de saudação: saudações;bom dia.
C. Análise Sintática
1. Remetente
)Ia/kwboj,
Qeou\
kai\
kuri/ou
)Ihsou= Xristou=
dou=loj
Após )Ia/kwboj, (Tiago), temos uma locução predicativa que assevera o autor como “Servo de Deus e de Jesus Cristo”. O verbo auxiliar ser (no gr.ei)mi/) é subentendido no texto.
A última palavra (dou=loj) está no mesmo caso que Ia/kwboj (nominativo) e funciona como predicativo do mesmo; a ordem das palavras está construída numa configuração enfática: a ênfase está não sobre o escravo, mas sobre quem o escravo serve – “Deus e o Senhor Jesus Cristo”. A ausência de artigo em Qeou= e kuri/ou )Ihsou= Xristou= também indica tal ênfase.
O genitivo aqui usado pode ser do tipo Objetivo, indicando que “Deus e Senhor Jesus Cristo” são o objeto do serviço deste escravo chamado Tiago; ou do tipo possessivo, indicando a idéia de que Tiago é um escravo que pertence a Deus e ao Senhor Jesus Cristo. Ambas as conotações são possíveis e esclarecedoras. Mas quiçá a primeira sugestão seja a mais provável.
Fica óbvio o uso da figura do escravo para se referir ao serviço devoto e exclusivo a Deus e a Cristo Jesus conforme o uso que o autor faz de dou=loj aqui em 1.1.
A expressão “as doze tribos” também pode ser tomada aqui de forma simbólica, pois o sistema tribal israelita já não mais existia; aqui refere-se ou aos Cristãos em geral, o “novo Israel” (cf.IPe.1.1), ou aos judeus convertidos a Cristo.
2. Destinatários
tai=j dw/deka fulai=j
tai=j
e)n t$= diaspor#=
A primeira locução dativa (tai=j dw/deka fulai=j) identifica o destinatário.
A segunda locução dativa, desta vez com uma construção preposicional locativa (tai=j e)n t$= diaspor#=), especifíca a abrangência e ao mesmo tempo a localização dos destinatários.
O artigo dativo feminino plural tai=j somado a construção dativo-locativa e)n t$= diaspor#= enfatiza o lugar aonde estão os destinatários da epístola, subentendendo a expressão “que estão na diáspora”.
Portanto, identidade e localização dos destinatários são as duas principais idéias destacadas nesta construção nominal.
D.Crítica da Redação
Essa perícope serve de introdução epistolar ao Livro de Tiago, anunciando o autor das exortações da obra e os recipientes que devem fazer bom uso delas.
O nome do autor (Tiago) não aparecerá mais no restante do livro.
Já o vocábulo “Deus” (Qeo/j) reaparecerá outras quinze vezes em todo o livro, referindo-se sempre ao Deus verdadeiro.
“Senhor” (Ku/rioj) reaparecerá outras treze vezes, ora referindo-se a Cristo, ora referindo-se a Deus Pai; em alguns casos é realmente difícil identificar uma das duas pessoas por de trás do termo “Senhor” ( cf.5.10,11).
O termo “Jesus Cristo” só aparece duas vezes no livro (1.1; 2.1).
O termo “escravo” (dou=loj) só aparece uma única vez em todo o livro (1.1), para descrever a credencial espiritual do autor.
Também as duas palavras “doze tribos” (dw/deka fulai=j) só aparecem aqui, em 1.1 de Tiago.
“diáspora” ou “dispersão” (diaspor#=) também não reaparecem no livro.
O verbo xai/rein também não se repete, sendo usado apenas como saudação no v.1, com exceção apenas de seu cognato nominal xara/ , no v.2.
O binômio “de Deus e de Senhor Jesus Cristo” parece ser típico da redação do autor, pois algo semelhante reaparece em 1.27 e 3.9. Nestes casos, contudo, o binômio refere-se a mesma pessoa, daí a razão porque alguns exegetas querem ler o binômio de 1.1 da mesma forma, como se referindo a Jesus Cristo como Deus e Senhor.3
E.Contexto Histórico: O texto pressupõe a história da dispersão judaica e judaico-cristã para ser plenamente compreendido. Tópicos históricos como diáspora e judeus-cristãos ou judaísmo-cristão devem ser explorados.
“Ao menos a partir do exílio do século VI a.C., os hebreus começaram a se dispersar pelo Oriente Médio e ao longo do Mediterrâneo oriental, tanto assim que no século I a.C. havia um milhão de judeus só no Egito. Boa parte da população de Alexandria era judaica e a maior parte das grandes cidades registrava a presença de uma colônia judaica e de uma sinagoga (ou ao menos, de um lugar de oração, Atos 16,13). Esses eram os judeus da dispersão (em grego diaspora ), às vezes chamados inexatamente judeus helenistas.O helenismo...era ainda a corrente cultural dominante no império romano, e os judeus da diáspora, longe da atmosfera mais conservadora da Palestina, adaptaram-se mais facilmente ao estilo de vida grego. Não abandonaram sua religião e sua cultura, nem deixaram de ser judeus, mas se mostraram mais abertos para o pensamento grego. Muitas das últimas obras judaicas, em particular as redigidas em Alexandria (como Sabedoria de Salomão ou os escritos de Fílon), são profundamente influenciadas pela filosofia grega. Apolo, o douto judeu alexandrino (Atos 18,24), pertencia, sem dúvida, à escola de sua cidade antes de converter-se gradativamente a Cristo.”(Richard France).
B.DIMENSÃO PASTORAL:
I. QUEM ESCREVEU O LIVRO DE TIAGO?
A resposta está no início do v.1: “Tiago”
Quem é esse Tiago?
Esse é Tiago, o irmão do Senhor (Mc.6.3;Mt.13.55).
Ele foi inicialmente incrédulo (Jo.7.5)
Mas converteu-se posteriormente, após encontrar-se com o Senhor Jesus Ressuscitado (ICo.15.7;At.1.14).
Tiago tornou-se um líder forte na Igreja de Jerusalém (At.12.17; At.15.13-21; 21.18-25; Gl.2.9).
Segundo a tradição da Igreja Antiga era denominado,em função de sua dedicação à oração, “Joelhos de Camelo”; Foi martirizado em 62 d.C.,segundo atestou sobre ele Flávio Josefo, Historiador judeu do I d.C.
É realmente explêndido como Cristo pode transformar pessoas e torná-las especialmente úteis para o avanço da fé cristã no mundo.
Como Tiago se Apresenta?
v.1= “Servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo”
Há duas confissões importantes nessa frase:
1º Tiago confessa Deus e apresenta-se como seu “Servo” – “Servo de Deus”
A expressão “servo de Deus” é comum no AT para se referir àqueles que em nome de Deus fizeram a sua vontade (Moisés,Dt.34.5;Dn.9.11;Davi,Jr.33.21;Sl.88.4,21;Josué,Jz.2.8);
Um indicativo da Autoridade Espiritual de seu discurso, e de sua piedade,simultaneamente. Tiago tem convicção de sua vocação espiritual.
2º Tiago confessa Jesus, como “Senhor” e “Cristo” – “Servo do Senhor Jesus Cristo”
Tiago não alude à sua filiação física com Jesus, mas a sua filiação espiritual com Ele;
Tiago confessa que Jesus é o Senhor e dono de sua vida;
Ele também dará esta ênfase em outros pontos do seu escrito (cf.2.1;5.7,8);
Mas Tiago também reconhece Jesus de Nazaré como o verdadeiro Messias – o cumprimento do AT.
Este é o único lugar em todo o NT onde alguém se apresenta como “Servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo”. Parece uma “ilustração fraseológica” da unidade e continuidade entre o Antigo e Novo Testamentos.
Tiago se posicionou de conformidade com a compreensão que ele tinha de Deus e do Senhor Jesus – identificou-se como servo de um e de outro.
II. PARA QUEM O LIVRO DE TIAGO FOI ESCRITO?
v.1 = “às doze tribos que se encontram na dispersão”
1) Quanto aos destinatários Históricos
“às doze tribos” = Judeus que haviam se convertido à fé cristã;
“que se encontram na dispersão” = Judeus-cristãos que viviam fora da Palestina,dispersos (cf.At.11.19; Jo.7.35) – Tiago transpõe os obstáculos geográficos para encaminhar seu material parenético,isto é, sua exortação.
Tiago se esforça para dar aos seus leitores,mesmo à distância,uma educação cristã escriturística (AT) que lhes proporcione maturidade e crescimento espiritual, especialmente no campo da conduta do crente.
Quanto aos destinatários Espirituais
Estes são todos os crentes em Cristo Jesus que
Amam a Palavra Deus...
Querem alcançar sabedoria cristã...
Todos os que querem aprender sobre a ética cristã prática e simples do Evangelho de Cristo.
III. COMO TIAGO CUMPRIMENTA SEUS LEITORES?
v.1= “Saudações”
A palavra no original quer dizer,literalmente, “Alegrem-se” (khaírein)!
Um trocadilho que o autor faz com o v.2, o qual inicia os ensinamentos do livro falando sobre a Alegria que devemos ter ao passarmos por experiências probatórias.
Um assunto que iremos desbravar em outra exposição: O Gozo do Sofrimento Cristão
Prof.Izidro
Exegeta e Historiador do PaleoCristianismo
1 Conforme NTG e UBS.
2 No mundo do cristianismo primitivo estavam em uso duas formas:
uma forma grega com frase na terceira pessoa: “X (diz) a Y que se alegre!”;
e na forma oriental em duas frases: uma sem predicado na terceira pessoa, e outra na segunda pessoa – “A a B; alegra-te!” ou “salve!”.
O pré-escrito oriental é o mais usado pelos cristãos primitivos, assim acontece em quase todas as cartas neotestamentárias, em 1 Clemente, na Carta de Policarpo aos Filipenses e no Martírio de Policarpo. O pré-escrito grego encontra-se no NT em Tiago (1.1), na carta das autoridades de Jerusalém que contém o chamado decreto dos apóstolos (At.15.23), estilisticamente correto no escrito de Cláudio Lísias a Félix (At.23.26) e na maioria das cartas de Inácio.
3 François Vouga,A carta de tiago.Loyola:São Paulo.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Os Livros Apócrifos do Antigo e Novo Testamentos


Comunico a todos os meus alunos que,no próximo dia 13/06,desde as 22:oo horas,horário de Brasília,darei entrevista no que concerne aos "Livros Apócrifos do Antigo e Novo Testamentos", na rádio Redentor,a qual pode ser acessada pelo seguinte link/endereço: http://www.radioredentor.com.br/ .

A entrevista visa esclarecer o público leigo sobre a natureza e significado desta literatura proscrita e sua relação com os documentos do Antigo e Novo Testamentos.

Até lá!

Prof.Izidro

Historiador do PaleoCristianismo

Literatura Cristã Primitiva:Introdução aos Escritos do Cristianismo Primitivo



Estou trabalhando nesse livro,"Literatura Cristã Primitiva",cujo objetivo será informar,cientizar e convencer os leitores interessados no Paleocristianismo sobre a natureza e valor dessa vasta literatura produzida pelo proto-cristianismo,nos dois primeiros século do movimento de Jesus. Aguarde e confira!


Prof.Izidro

Historiador do PaleoCristianismo

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Textos Antigos para O Estudo do Novo Testamento










Curso Intensivo de Introdução ao Background Literário do Novo Testamento e do Cristianismo Primitivo:
De 13 à 17 de Julho,no SEID - SEMINÁRIO EVANGÉLICO DA IGREJA DE DEUS,BRASÍLIA-DF,409-410 SUL, DAS 19:00 ÀS 22:00 HORAS.

Existe um contexto literário em torno da redação do Novo Testamento,tanto antes quanto depois de Cristo,que precisa ser devidamente conhecido e estudado pelo moderno pesquisador do Novo Testamento com fins a familiarização do contexto histórico-social do mesmo e sua resultante interpretação. Este contexto diz respeito à várias literaturas e escritos de natureza religiosa,historiográfica e filosófica que lançam luz sobre o mundo de Jesus e do Cristianismo primitivo.
Objetivos: Apontar e descrever,de forma geral,os mais importantes escritos do mundo greco-romano no tempo do Novo Testamento e que fazem parte do contexto de formação do mesmo,tanto judáico,quanto cristãos,tanto religiosos,quanto profanos e/ou filosóficos. O objetivo geral é cientizar o público sobre a existência e o valor dessa documentação para o estudo do mundo do Cristianismo Primitivo e de sua mais importante produção literária,o Novo Testamento.
Justificativa: Há muitos estudantes de teologia que desconhecem ou mesmo desprezam a existência e valor desses documentos antigos para o estudo do Novo Testamento,sendo, portanto, fundamental que se afirme a existência preservada dos mesmos e as modernas contribuições que o estudo deles têm trazido para a correta interpretação dos escritos neotestamentários.

Prof.Izidro
Historiador do PaleoCristianismo